A Guerra na Ucrânia — Suécia rejeita investigação conjunta às fugas nos gasodutos Nord Stream. Por AbrilAbril

Seleção de Francisco Tavares

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Suécia rejeita investigação conjunta às fugas nos gasodutos Nord Stream

Por em 16 de Outubro de 2022 (original aqui)

 

O Governo da Alemanha recusou-se a responder às perguntas colocadas pela deputada do parlamento alemão, Sahra Wagenknecht, eleita pelo Die Linke (A Esquerda), sobre a presença de navios da NATO e da Rússia na zona dos gasodutos Nord Stream, citando interesses do Estado alemão. CréditosFerran Cornellà / OXIblog

 

Também a Alemanha se recusou a responder a uma deputada do parlamento alemão, por considerar que a defesa dos interesses do Estado se sobrepõe aos direitos dos deputados eleitos pela população.

 

A Suécia rejeitou formalmente a participação numa investigação conjunta de vários países europeus às fugas nos gasodutos Nord Stream, que se verificaram no dia 26 de Setembro, nas zonas económicas exclusivas da Suécia e da Dinarmarca, «isto porque há informações na nossa investigação que estão sujeitas a confidencialidade directamente ligadas à nossa segurança nacional», afirmou Mats Ljungqvist, procurador sueco.

Esta investigação seria desenvolvida ao abrigo da agência de cooperação judiciária Eurojust, que inclui acordos jurídicos ao abrigo dos quais a Suécia teria de partilhar informações sobre os resultados da sua própria investigação, mesmo que os considerasse confidenciais.

Segundo a emissora pública alemã, a ARD, a Dinamarca também terá recusado a criação de uma equipa de investigação conjunta.

Embora a Alemanha tenha demonstrado interesse em participar numa investigação conjunta às causas, frequentemente associadas a uma acção de sabotagem, também o estado alemão alinha no secretismo europeu sobre as informações que detém sobre a situação.

Em resposta a pedidos de informação da deputada Sahra Wagenknecht, eleita pelo Die Linke (A Esquerda), sobre as fugas no Nord Stream, o governo alemão recusou-se a prestar qualquer esclarecimento: «após cuidadosa consideração, o governo federal chegou à conclusão de que não podem ser fornecidas informações – nem mesmo de forma confidencial – por razões de bem-estar do Estado».

«A informação solicitada afecta interesses de confidencialidade que, neste caso, requerem protecção extraordinária, de tal forma que, excepcionalmente, o bem-estar do Estado supera o direito dos membros do parlamento à informação», considerou o Ministério dos Negócios-Estrangeiros alemão.

A deputada tinha requerido informação sobre todos os navios e tropas da NATO que estavam estacionadas na zona do Nord Stream, nos dias que antecederam as fugas. Foi também solicitada a divulgação de informação sobre qualquer navio da Rússia que tivesse sido avistado na zona. A Alemanha escolheu o silêncio, cúmplice.

 

 

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